terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Hoje em atividade também na rádio E-Paraná AM


Luís Ernesto o homem do rádio!


Quando eu o conheci já era apaixonado pelo rádio, pois ainda sendo menor de idade já trabalhava na Rádio Guairacá, não sei ao certo se era a PRB2 ou a Voz Nativa dos Pinheirais a emissora mais potente do estado do Paraná.
 Naquele tempo ainda como operador de som. Tivemos o prazer de efetuar a cobertura de dois ou três carnavais na Cidade de Curitiba transmitidos pela Rádio Guairacá. Luís como repórter. Nunca vi tantos colaboradores, um carregava o microfone, outro o cabo do microfone, outro o amplificador de linha e assim ia. Íamos a muitos clubes que faziam os seus bailes carnavalescos, mas em todas as madrugadas terminávamos sempre no Operário, que nos carnavais virava Opera Rio, chic heim. E era sempre o mais difícil para a equipe da rádio Guairacá ingressar, invariavelmente tínhamos que mandar chamar o presidente Edgar Antunes da Silva mais conhecido como Tatu, para liberar o nosso ingresso no clube, mas era só a equipe toda ingressar que a maioria sumiam, iam paquerar as belas mulheres da vida nada fácil que lá se encontravam, e que ainda não tinham arranjado parceiros. Porem sempre a Diretoria no final do baile enviava para nós algumas garrafas de Brahma. A noite mais concorrida eram as segundas-feiras com o famoso baile dos Enxutos. Uma noite inventei de subir em uma cadeira com o microfone na mão para melhor captar o som ambiente, nunca na vida levei tantas esguichadas de lança perfume nos olhos, mas não demorei muito em cima da cadeira, passaram uma rasteira e lá fui eu para o chão igual a um saco de batatas, nunca descobri quem foi que fez a arte. Acabado o baile o Luis Ernesto era o encarregado de levar de volta para a rádio o equipamento todo. Pegávamos um carro de praça, na época ainda não se usava em Curitiba a expressão Táxi, e lá íamos nós, após a devolução, cada um tomava seu rumo, geralmente eu ia tomar uma sopa no Restaurante Palácio e depois ia para casa. E aí Wasyl você também por acaso não era um dos técnicos dessas equipes?
Estes fatos aconteceram nos carnavais provavelmente nos anos 1960. 1961 e 1962.

Certa ocasião à rádio RECEP – Escolas Radiofônicas ficaram fora do ar, pois uma das válvulas do nosso transmissor queimou, e como não tínhamos sobressalente da referida válvula para fazer a substituição, precisou o Irmão Gilberto ir para São Paulo na Rua Santa Ifigênia comprar a dita cuja. Nos dias em que ficamos fora do ar eu e o Luis aproveitamos para ir visitar aos transmissores da Radio Guairacá, que era situado no bairro Guabirotuba e antenas no Corte Branco hoje Atuba, se não me falha a memória. Não tenho mais a certeza; se fomos a pé ou de Vespa, o Luís fazia misérias com aquela motoneta. Lá conheci os transmissores, eram vários, um para Ondas médias, outros para Ondas curtas 10, 20 e 49 metros. O maior e mais potente era o de Ondas Médias cujas 2 válvulas de potencia eram refrigeradas a água, no lado de fora da casa onde ficavam os transmissores havia um grande tanque onde havia uma espécie de chafariz para resfriar a água que circulava pelas ditas válvulas.