Luís Ernesto o homem
do rádio!
Quando eu o conheci já era
apaixonado pelo rádio, pois ainda sendo menor de idade já trabalhava na Rádio
Guairacá, não sei ao certo se era a PRB2 ou a Voz Nativa dos Pinheirais a
emissora mais potente do estado do Paraná.
Naquele tempo ainda como operador de som.
Tivemos o prazer de efetuar a cobertura de dois ou três carnavais na Cidade de Curitiba
transmitidos pela Rádio Guairacá. Luís como repórter. Nunca vi tantos
colaboradores, um carregava o microfone, outro o cabo do microfone, outro o
amplificador de linha e assim ia. Íamos a muitos clubes que faziam os seus
bailes carnavalescos, mas em todas as madrugadas terminávamos sempre no
Operário, que nos carnavais virava Opera Rio, chic heim. E era sempre o mais
difícil para a equipe da rádio Guairacá ingressar, invariavelmente tínhamos que
mandar chamar o presidente Edgar Antunes da Silva mais conhecido como Tatu, para
liberar o nosso ingresso no clube, mas era só a equipe toda ingressar que a
maioria sumiam, iam paquerar as belas mulheres da vida nada fácil que lá se
encontravam, e que ainda não tinham arranjado parceiros. Porem sempre a
Diretoria no final do baile enviava para nós algumas garrafas de Brahma. A
noite mais concorrida eram as segundas-feiras com o famoso baile dos Enxutos. Uma
noite inventei de subir em uma cadeira com o microfone na mão para melhor
captar o som ambiente, nunca na vida levei tantas esguichadas de lança perfume
nos olhos, mas não demorei muito em cima da cadeira, passaram uma rasteira e lá
fui eu para o chão igual a um saco de batatas, nunca descobri quem foi que fez
a arte. Acabado o baile o Luis Ernesto era o encarregado de levar de volta para
a rádio o equipamento todo. Pegávamos um carro de praça, na época ainda não se
usava em Curitiba a expressão Táxi, e lá íamos nós, após a devolução, cada um
tomava seu rumo, geralmente eu ia tomar uma sopa no Restaurante Palácio e
depois ia para casa. E aí Wasyl você também por acaso não era um dos técnicos
dessas equipes?
Estes fatos aconteceram nos carnavais
provavelmente nos anos 1960. 1961 e 1962.
Certa ocasião à rádio RECEP –
Escolas Radiofônicas ficaram fora do ar, pois uma das válvulas do nosso
transmissor queimou, e como não tínhamos sobressalente da referida válvula para
fazer a substituição, precisou o Irmão Gilberto ir para São Paulo na Rua Santa
Ifigênia comprar a dita cuja. Nos dias em que ficamos fora do ar eu e o Luis
aproveitamos para ir visitar aos transmissores da Radio Guairacá, que era
situado no bairro Guabirotuba e antenas no Corte Branco hoje Atuba, se não me
falha a memória. Não tenho mais a certeza; se fomos a pé ou de Vespa, o Luís
fazia misérias com aquela motoneta. Lá conheci os transmissores, eram vários, um
para Ondas médias, outros para Ondas curtas 10, 20 e 49 metros. O maior e mais
potente era o de Ondas Médias cujas 2 válvulas de potencia eram refrigeradas a
água, no lado de fora da casa onde ficavam os transmissores havia um grande
tanque onde havia uma espécie de chafariz para resfriar a água que circulava
pelas ditas válvulas.
Não existe registros da Rádio Guairacá, período de 1956 à 1960? Minha mãe trabalhou nela.
ResponderExcluirApresente-se, quem era a sua mãe?
ExcluirRegistros existem sim!